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90% dos brasileiros reprovam mudanças na Previdência Social, segundo pesquisa CUT/Vox Brasil
Uma pesquisa encomendada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) mostrou que 90% dos brasileiros não concordam com as mudanças nas regras da Previdência Social, cuja proposta está sendo analisada pela equipe econômica do governo federal e deve ser enviada ao congresso no início deste ano. Realizado entre os dias 11 e 14 de dezembro, o Vox Brasil entrevistou duas mil pessoas com mais de 16 anos e residentes nas áreas urbanas e rurais de 153 municípios de todos os Estados e do Distrito Federal.
No total, 88% dos entrevistados responderam que o governo não deveria dificultar as regras para aposentadorias e 75% discordaram do corte de recursos direcionados aos programas sociais. Já o aumento da oferta de crédito para fortalecer o mercado consumidor foi defendido por 65% dos trabalhadores. Além disso, 80% dos entrevistados acreditam que o governo deve dificultar demissões e dar incentivo para empresários manterem os empregos como uma medida em prol do país.
A criação de um programa para incentivar as pequenas e médias empresas foi aprovada por 86% dos cidadãos e 82% se declararam favoráveis à redução de impostos sobre salários como meio de garantir ou aumentar os postos de trabalho. Por outro lado, o aumento de impostos sobre os lucros e ganhos das empresas e o ajuste fiscal dividiram os entrevistados: 49% concordaram e 31% discordaram, no primeiro caso, e 42% acreditaram que a medida atinge igualmente todos os segmentos da sociedade, enquanto 47% defenderam que os trabalhadores são os maiores prejudicados, no segundo caso.
A pesquisa também abordou questões sobre moradia, o aumento do investimento no programa do governo Federal Minha Casa, Minha Vida, a defesa da ampla reforma agrária com distribuição de terras para agricultores de baixa renda, a cobrança de impostos sobre heranças e grandes fortunas, o aumento do financiamento da educação e dos recursos do Prouni e FIES, e redução da taxa Selic. O resultado detalhado pode ser conferido neste link.
Fonte: Ascom SINTFESP-GO/TO
